terça-feira, 7 de agosto de 2007

Game Over

Entre a vida e os jogos de video-game não existem diferenças. Quando nascemos recebemos funções, missões e um objetivo. Temos que aos poucos conhecê-los e usá-los em nosso favor.

Passamos boa parte do nosso tempo recolhendo objetos sem significância, apenas para mostrar que somos mais capazes do que outra pessoa menos favorecida. Nosso bônus é o enchimento de nosso ego, tão volátil quanto mesquinho, tão absurdo quanto sem valor.

Temos que pular em cima das pessoas para progredirmos. Essa missão já nos foi dada mesmo ante de aprendermos que chorando ganharíamos a mamadeira. O jogo é muito rápido, temos que entendê-lo ou não passamos da primeira fase!

Não importa qual é o seu papel. Bandido, polícia, médico, operário, político, mendigo ou qualquer outra coisa. Você terá que encarnar seu personagem ou pelo menos terá que saber interpretá-lo. Mesmo sem conhecer a sí mesmo, você tem em suas mãos a ferramenta que pode mudar o mundo, ou a ferramenta que pode destruí-lo.

Passamos várias fases, cumprimos várias missões e nosso objetivo final é alcançado. O que fazer agora?

Não, não queremos desligar este video-game! Mas as pessoas ao nosso redor talvez queiram ou não se importam em pular o fio da tomada sem tomar cuidado em tropeçar. Fizemos nossa parte, acreditamos no que era mentira e mentimos no que se dizia respeito à verdade.

Na nossa cabeça passa uma lista de créditos, de pessoas que nos ajudaram ou que nos atrapalharam. Percebemos que tudo aquilo por que lutamos não foi obra de apenas uma pessoa. Nessa hora entendemos que todos nossos erros nos levaram ao acerto, que aquilo que servia de obstáculo em nossas vidas nos tornaram fortes.

O jogo uma hora acaba, mas terá suas sequências. Aquilo que criamos, descobrimos ou idealizamos serve de base para o enredo do próximo personagem, mas dessa vez não estaremos na capa.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial